A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia conclama seus associados de São Paulo a participarem da assembléia de quinta-feira, dia 30, quando será discutida a suspensão do atendimento a 15 empresas de seguro-saúde que, procuradas, não responderam às reivindicações dos médicos, que pleiteiam R$ 80,00 por consulta e procedimentos atualizados proporcionalmente, de acordo com a "CBHPM - Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos".
O presidente do Conselho de Defesa Profissional dos ortopedistas, Robson Azevedo, e o presidente da Comissão de Assuntos AMB/CFM, Akira Ishida, lembram que nos últimos oito anos as seguradoras passaram a cobrar 129% a mais de seus segurados, mas reajustaram as consultas em apenas 44%.
"Esse aviltamento dos honorários médicos leva o profissional a multiplicar o número de consultas atendidas, reduzindo o tempo dedicado a cada paciente", diz o presidente da SBOT, Osvandré Lech, quando não o obriga a dobrar o número de empregos para se sustentar, o que também acaba resultando em queda da qualidade do serviço prestado ao cliente.
Depois de terem feito uma paralisação de advertência no dia 7 de abril, os médicos discutirão no dia 30, na assembléia marcada para o auditório da Associação Paulista dos Cirurgiões dentistas, na rua Voluntários da Pátria, 547, às 20 horas, os próximos passos da campanha por valorização na saúde suplementar e por mais qualidade na assistência aos pacientes.
Entre as propostas a serem votadas, está o fim das pressões das empresas para que os médicos solicitem menos exames e internações, pressões essas que representam risco para o paciente e a paralisação do atendimento por tempo indeterminado dos segurados dos planos e seguros-saúde que não atenderem ao pleito da classe médica.
A assembléia foi convocada pela Associação Paulista de Medicina, pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, pelo sindicato dos Médicos de São Paulo, pela Academia de Medicina de São Paulo e pelas entidades regionais e Sociedades de Especialidade.